Após a vitória bolchevique, ocupa o posto de comissária do povo (ministra) para a Assistência Pública no primeiro Governo revolucionário. Trabalhou para que fossem reconhecidos os direitos e liberdades às mulheres, modificando aspectos das leis que as subordinavam aos homens, como a negação do direito ao voto ou reduziam os seus salários e impunham piores condições salariais. Liberalizaram-se as relações familiares e sexuais, aprovando-se o divórcio e o direito ao aborto, além de numerosos benefícios sociais para a maternidade e a habilitação de creches.
Em 1918, Kollontai organiza o Primeiro Congresso de Mulheres Trabalhadoras de toda a Rússia, donde nasce o Genotdel, organismo dedicado a promover a participação das mulheres na vida pública e nos projetos sociais, nomeadamente a luta contra o analfabetismo.
A partir de 1922, começa a sua carreira diplomática, sendo a primeira mulher no mundo a assumir um posto de embaixatriz, primeiro na Noruega (1923 a 1925), depois no México (1925 a1927), Noruega novamente entre 1927 e 1930 (ano em que apoia publicamente a liderança de Estaline), e Suécia desde esse ano até o da sua reforma, em 1945. Faleceu em Moscovo a 9 de março de 1952.
Não é apenas pelo seu pioneirosmo feminista que Alexandra Kollontai merece ser reconhecida, mas também por seus estudos no campo da sexualidade humana e psicologia social que influenciaram muitos pensadores ocidentais de renome tais como: Freud e Reich.
Além de numerosos artigos de temática política, económica e feminista, destaco as seguintes obras:
- A situação da classe operária na Finlândia (1903)
- A luta de classes (1906)
- Primeiro almanaque operário (1906)
- Base social da questão feminina (1908)
- A Finlândia e o socialismo (1907)
- Sociedade e maternidade (?)
- Quem precisa da guerra? (?)
- A classe operária e a nova moral (?)
- A oposição Operária (1921)
- A nova mulher
- A moral sexual