domingo, 17 de maio de 2009

Shame


I don't need no rising moon
I don't need no ball and chain
I don't need anything but you
Such a shame, shame, shame
Shame, shame, shame
Shame is the shadow of love

You changed my life
We were as green as grass
And I was hypnotized
From the first 'til the last
Kiss of shame, shame, shame
Shame is the shadow of love

I'd jump for you into the fire
I'd jump for you into the flame
Tried to go forward with my life
I just feel shame, shame, shame
Shame, shame, shame
Shame is the shadow of love

If you tell a lie
I still would take the blame
If you pass me by
It’s such a shame, shame, shame

sábado, 16 de maio de 2009

Quintana é meu padrinho

Outro dia estava lendo Da preguiça como método de trabalho, li a primeira vez porque o título é tudo de bom, embora eu duvide que Mario Quintana tenha esse tipo de método! Mas além da leitura ser fascinante, abriu todo outro mundo pra mim. Sempre pensei na vida de um escritor ou poeta como algo bastante introspecto, onde o cuidado com as palavras e trabalho dispensado sobre os textos em horas e horas de revisões e releituras e acertos...algo que diria com vergonha, como maçante! Com vergonha porque bem no fundo, tenho um desejo secreto de ser escritora. Mas sempre me imaginei sendo do tipo sofredora com a pena na mão, suja de tinta nas mãos e rosto, algo bem irmãs Brontë... um sofrimento que adoro ler em Virginia Woolf, Sylvia Path, Clarisse Lispector, Ana Cristina César ... mas daí Mário Quintana com sua leveza de passarinho me autorizou a ser escritora de mentirinha, na preguiça, no meio da bagunça...
Agora escrevo livremente, meio ao modo lacaniano, mas intensamente libertador... enquanto teclo quase posso sentir essa força que me toma extravasar de meus dedos... quase tão eficaz quanto a musica... quase tão relaxante quanto dormir...
Escrevo agora como louca alucinada... escrevo as primeira bobagens que me pintam na mente... sem critério... Quintana liberou meu id... autorizou meu desvario...
Obrigado! Quintana é meu padrinho no mundo noturno da escrita caótica e solitária

Marguerite Duras

Cada vez que leio Marguerite Duras entro num tipo peculiar de êxtase... ela remove partes profundas do meu pântano... acho todos os livros muito bons, já li mais de uma vez O Deslumbramento que deveria ter sido melhor traduzido para O Alumbramento de Lol.V. Stein. Acho incrível esse nome Lol. V. Stein. Esse jogo de palavras que ela tanto domina me fascina, Lacan dedicou todo um texto ao estudo dessa obra de Duras. Mas meu livro favorito, da cabeceira é A doença da morte... nem pode ser considerado um livro de ficção, pois pode muito bem ser um roteiro, uma peça, uma clipe.. um sonho. No fim do livro, a própria Duras dá indicações de como gostaria que fosse feito em filme ou teatro!! Que mulher surpreendente...
A personagem que não sabe-se se é uma ninfa, alguém realmente existente... essa dificuldade para doar-se, para dar-se ao amor... e a ausência que cria o desejo...