sábado, 16 de maio de 2009

Quintana é meu padrinho

Outro dia estava lendo Da preguiça como método de trabalho, li a primeira vez porque o título é tudo de bom, embora eu duvide que Mario Quintana tenha esse tipo de método! Mas além da leitura ser fascinante, abriu todo outro mundo pra mim. Sempre pensei na vida de um escritor ou poeta como algo bastante introspecto, onde o cuidado com as palavras e trabalho dispensado sobre os textos em horas e horas de revisões e releituras e acertos...algo que diria com vergonha, como maçante! Com vergonha porque bem no fundo, tenho um desejo secreto de ser escritora. Mas sempre me imaginei sendo do tipo sofredora com a pena na mão, suja de tinta nas mãos e rosto, algo bem irmãs Brontë... um sofrimento que adoro ler em Virginia Woolf, Sylvia Path, Clarisse Lispector, Ana Cristina César ... mas daí Mário Quintana com sua leveza de passarinho me autorizou a ser escritora de mentirinha, na preguiça, no meio da bagunça...
Agora escrevo livremente, meio ao modo lacaniano, mas intensamente libertador... enquanto teclo quase posso sentir essa força que me toma extravasar de meus dedos... quase tão eficaz quanto a musica... quase tão relaxante quanto dormir...
Escrevo agora como louca alucinada... escrevo as primeira bobagens que me pintam na mente... sem critério... Quintana liberou meu id... autorizou meu desvario...
Obrigado! Quintana é meu padrinho no mundo noturno da escrita caótica e solitária

Nenhum comentário:

Postar um comentário